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Eros & Psiquê - Amor & Alma


Gustavos Barcellos, em “Mitologias Arquetípicas”, sobre o mito de Eros e Psiquê – Amor e Alma:


“Então, o ‘resumo da ópera’ seria: nossas vidas, despidas dos seus detalhes sórdidos, comuns e banais, são sempre a encenação dessa eterna busca e desse eterno desencontro entre o amor e a alma.

Amor e alma se buscam o tempo todo, se encontram e se desencontram, e é isso que estamos encenando em nossas vidas. As nossas dores, aquilo que chamamos os nossos sofrimentos, os nossos erros, as nossas mazelas, as nossas patologias, podem ser encaradas como os momentos em que essas duas instâncias estão em desencontro, separadas, porque o que elas anseiam é estarem juntas.”


Photo @museelouvre - “Psyché ranimée par le baiser de l’Amour”, de Antonio Canova

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“O jeito, no momento, é ver a banda passar, cantando coisas de amor. Pois de amor andamos todos precisados, em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente. Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando.”

Carlos Drummond de Andrade, Correio da Manhã, 14/10/1966, disponível em http://www.chicobuarque.com.br/letras/notas/n_drummond.htm


Drummond escreveu esta crônica em 1966, arrebatado pela música “A Banda”, de Chico Buarque.


Em 1966, como hoje, o Brasil vivia tempos difíceis.

Em 1966, como hoje, o poeta viu no amor a vacina contra o absurdo.

Em 1966, hoje e sempre, necessitamos de amor para acolher nossos medos, chorar nossas perdas, dar vazão a nossa indignação, nutrir nossa esperança, encontrar sentido, encorajar-nos a seguir.


“Coisas de amor são finezas que se oferecem a qualquer um que saiba cultivá-las, distribuí-las, começando por querer que elas floresçam”, completa o poeta.

Contra a aridez deste tempo, as canções de Chico, as palavras de Drummond nos lembram do que é essencial: semear e cultivar amor.


E, se tudo começa por querer, este texto já é uma semente do meu desejo de que o amor floresça em mim e em você.

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“Quando algo nos persegue na nossa memória ou na nossa imaginação, as leis do silêncio são inúteis, é como fechar uma porta à chave numa casa em chamas na esperança de nos esquecermos que ela está a arder. Mas fugir do incêndio não o apaga. O silêncio em relação a uma coisa só lhe aumenta o tamanho. Cresce e apodrece em silêncio, torna-se maligna.”


Tennessee Williams, em “Gata em teto de zinco quente”


Como você tem lidado com seus incêndios?



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